Conheça os inimigos internos e externos de uma pele saudável

Os raios UVA e UVB emitidos pelo sol são os grandes inimigos da saúde da pele. Esta radiação danifica o colágeno e as fibras elásticas, piorando a sustentação e a elasticidade. Segundo a dermatologista Lucia Mandel, o ultravioleta UVB queima a pele, causa a vermelhidão e está mais presente entre as 10h e as 16h. O UVA danifica a pele sem deixá-la vermelha, mas ele já está presente desde antes das 10 horas da manhã, e continua a nos atingir até o final da tarde. 

“Além dos efeitos nocivos do sol, há outros fatores que agridem a pele, como o cigarro, o estresse, a alimentação desequilibrada e a poluição”, afirma a especialista em cosmiatria Raquel Tancsik Cordeiro. O clima frio e o uso de ar condicionado também retiram a lubrificação natural contínua da derme. Já o tempo quente e úmido causa irritações e facilita a infecção por fungos e bactérias. O ar poluído de cidades grandes pode obstruir os poros proporcionando um aspecto grosseiro e opaco à pele.

Nos fumantes, as rugas aparecem 20 anos antes do que nos não fumantes. Para muitos especialistas, os danos causados pelo cigarro na pele são muito piores que os dos raios UVA e UVB. A nicotina age nas camadas profundas da derme e afeta a circulação, impedindo que o oxigênio e os nutrientes cheguem devidamente às células, gerando rugas acentuadas, manchas e marcas de expressão.

Este tipo de envelhecimento acelerado e profundo não pode ser revertido nem por cosméticos (nenhum produto é capaz de atingir as fibras de colágeno afetadas pelo cigarro), nem por cirurgias plásticas, pois a intoxicação acontece de dentro para fora. Para piorar, fumantes tem mais dificuldade de cicatrização, já que o cigarro danifica as fibras de colágeno e deixa a pele mais flácida.

Para a dermatologista Ligia Kogos, as armas para defender-se contra os efeitos da nicotina, além de renunciar ao hábito, são cremes com vitamina C e estimuladores de colágeno.

Mas existem outros fatores internos que podem acelerar o processo de envelhecimento da pele, como as alterações hormonais: “a baixa de estrógenos (hormônios femininos) após a menopausa, por exemplo, causa rugas e flacidez, palidez e olheiras. Distúrbios com aumento de hormônios masculinos, como na síndrome de ovários policísticos, causam acne e eczemas”, relata a especialista.

A alimentação desequilibrada também é outra vilã no quesito saúde da pele. O excesso de calorias propicia o surgimento de espinhas, a falta de proteína deixa a pele flácida e com tendência às rugas, assim como uma dieta rica em açúcar. Portanto, evite comidas industrializadas, como flocos de milho, salgadinhos, bolachas, catchup, refrigerantes e alimentos que contêm corante caramelo na sua composição.

O estresse é prejudicial para a cútis porque aumenta os corticoides naturais do organismo, facilitando atrofia da pele, perda de colágeno, problema nas circulações, além de acelerar o envelhecimento.

Outra dica bem importante é evitar contrair desnecessariamente o músculo orbicular das pálpebras. Use óculos escuros em dias claros e procure não forçar a vista. De acordo com Lucia, se isso está acontecendo, pode ser que seja hora de usar lentes de contato ou aumentar o grau.

E para terminar, sempre durma de cara limpa. Nunca vá para a cama com resquícios de maquiagem, pois o hábito pode obstruir os poros, causando cravos e espinhas. É fundamental usar um demaquilante, entretanto, os óleos bifásicos têm mais eficácia na hora de remover produtos à prova d’água. 

Fonte: Minha Vida


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